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segunda-feira, 9 de março de 2015

Entrevista de Martina para "S Moda"!


Fonte: S Moda
Tradução e adaptação: Martina Brasil


Violetta diz adeus

Disney converteu-a uem sua princesa latina e a exaltou como um fenômeno da televisão sem precedentes. Agora, Martina Stoessel diz adeus a sua personagem com uma turnê mundial.


Tini e Violetta são a mesma para muita gente. O que significou para você?

Comecei aos 13 anos e passei minha adolescência fazendo o programa. Foi um sonho. Eu, desde pequena, sempre sonhei com cantar, dançar e estar em um palco. Graças a Violetta, meu sonho se realizou e cresci muito com todas as pessoas que me envolvem, profissionalmente e pessoalmente.

É difícil dizer adeus ao personagem?
Sim. Vou levar Violetta comigo sempre. As pessoas sempre vão lembrar dela,  eu estou feliz porque ela me deu tudo o que sou até hoje.
Não te incomoda que a chamem assim? 
Não. Estou acostumada.
Que estilo musical irá seguir em sua carreira?
Não vou aderir a um único estilo. Eu gosto do pop, do reggae, do hip hop, das baladas... Terá de todo um pouco.
Alguma vez imaginou que chegaria a ser uma estrela internacional? 
Não, nunca. Nem eu, nem os da Disney, nem os de Pol-Ka [a co-produtora de Violetta], nem meus companheiros. O programa se ia se chamar Valentina, Esperanza mía e foi a primeira vez na historia da companhia que se fazia uma novela de segunda a sexta. Ninguém pensou que ia ter tanto sucesso, as crianças não estão acostumadas. Foi surpreendente. E também era a primeira co-produção entre América Latina e Europa.
A turnê Violetta Live passa pela Itália, Bélgica, Países Baixos... É uma loucura, não? 
Estar aqui na Espanha, falando a você, e que as pessoas te amem tanto, nunca na minha vida teria imaginado que Violetta seria tão querida na Alemanha ou Polônia. Não te entendem nem quando diz «olá», mas cantam as canções. Recentemente fiz um pequeno show na Alemanha. Eu cantava qualquer música e eles sabiam inteira. Não sabia dizer o que aconteceu. As canções são incríveis e esta é uma boa a historia: ressalta os valores, a família, os amigos, o amor... Mas em todos os lugares que saiu foi uma loucura.
Nos Estados Unidos ainda não. Gostaria chegar a este mercado?
Esta última temporada interpretei uma música em inglês, Underneath it All, e as pessoas gostaram. Certamente farei algo com Hollywood Records, e seria incrível, mas já estou muito feliz com o que tenho.
A audiência do público chega a te incomodar? 
Isso não. Me emociona muitíssimo. Talvez sim estar exposta desde  pequena. As vezes é difícil que todo o mundo te conheça ou que mintam sobre você. Acredito que com isso não vou me acostumar nunca. Mas é assim, é parte do jogo.
O que pensa das redes sociais? 
São suas melhores amigas e podem ser suas piores inimigas.
Seus pais chegaram a pedir seu respeito publicamente [a causa de uma polêmica em torno a sua magreza em uma foto no Instagram]. 
Bom, às vezes meu pai deixa o papel de produtor e é meu pai. Imagine ver que sua bebê há 17 anos, está triste...
Como leva as críticas? 
Sou sensível. Trato de ficar um pouquinho mais forte todos os dias, mas às vezes dói.
Você deu a sua família muitas conversas para evitar que se desviem?
Não, nunca foi necessário. Antes de Violetta eu já vinha com educação e continuo tendo. Não lhes preocupa. Tenho claro o que é que quero fazer e como.
Já disseram em alguma ocasião que você tem que dar o exemplo...
Penso em que os meninos que vêem a novela vão ser os próximos donos do mundo, e em o que se transmite através do programa, com as canções e o que eu faço. O artista tem a oportunidade de lançar uma mensagem ao mundo e devemos usá-la.
Você tem uma tatuagem que é ''All you Need is Love''. É fã dos Beatles? 
Não sei se sou fã, mas quero tatuar todas suas frases. Se refere ao amor em todos os sentidos: em direção a si mesmo, seu namorado, sua família, seus amigos, com o mundo.
Garota da Disney com tattoo?
Eles não gostam muito, mas quando tiro a maquiagem do personagem, sou Martina.
 Você está se sentindo adulta?
Eu cresci muito rápido. Aos 14 anos comecei a ficar com pessoas de 20 ou mais, a trabalhar, a ter responsabilidades, acordar cedo, turnê de nove meses...
Lamenta por ter perdido algo?
Quando se escolhe, sempre perde e ganha coisas. Eu ganhei mais do que perdi. Não fui ao colégio com minhas amigas como se faz em uma situação normal, e um montão de outras coisas. Mas as vejo quando posso, trato de levar-las de férias comigo ou, se elas puderem, mesmo vem à turnê.
Recentemente apareceu em um programa argentino com um look muito sexy e dançando uma música de Beyoncé. Era outro nível... 
Você gostou? Esta temporada tive mais tempo e retomei às aulas de hip hop. Fizemos uma coreografia e quando me chamaram do programa disse: ''Posso dançar minha ‘coreo’?'' As fãs já começaram a me conhecer como Tini, o final de Violetta já está gravado e depois da turnê acabou. Me pareceu que seria algo lindo.
É inevitável a comparação da mudança de Miley Cyrus depois de Hannah Montana. 
Ela me parece muito talentosa, mas eu quero algo diferente.
Então, as mães não vão se assustar? 
Suponho que sim [risos], vão dizer que todas terminam igual, mas não vai acontecer.
Que referências você tem?
Sempre escuto meu pai, em cada decisão que tomo. 
E o que a define como uma artista? 
Sempre trato de transmitir amor, ser feliz com o que você tem e lutar pelos seus objetivos. Além disso tento me mostrar o mais normal possível e me parece que as crianças se sentem perto de mim. Eu era uma menina comum que ia ao colégio e meu sonho se tornou realidade.
De verdade, você se vê como uma garota normal? 
Sim. O que acontece é que as pessoas costumam ver os artistas muito produzidos e sempre sorrindo. Parece que temos uma vida perfeita. Mas eu tenho uma vida normal, com coisas boas e ruins.

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